18 dezembro 2008

Claude Monet


Sinto tua presença em mim
Teu cheiro ficou em meu jardim
Lembrança doce quando recente
Mas o tempo passando sente
O desvanecer desse querer
Como algo tão intenso
Pode sem referência se perder
Nesse vazio tão imenso
Da distância entre nós
Porém cada vez menor
Sinto em tua voz
um tom maior
Que ecoa em meu interior
E reverbera amplificando
Com todo o sabor
De um novo amor

.

Quero
Estar em teus braços
Entre tuas pernas
Dentro de ti
Dentro de mim
Simplesmente quero
E espero
Que seja assim
Também pra ti.
.

Todo dia
Tenho medo
De te querer todo dia
E acabar sozinha
Por ironia
Ou em todo dia
Te tendo
Tenho medo
De acabar sozinha
Em tua companhia

08 dezembro 2008




Mãe,


Teu ventre emprestastes-me
Para que eu nascesse
A luz destes-me
Por tantas vezes
Para que no escuro eu enxergasse.
E também a sombra proporcionastes
Para que eu não me queimasse


Da tua imensa força
Fizestes brotar a minha
E sempre que me falha
Nos teus braços me aninhas

A ti quero dedicar
Todas as minhas conquistas
Porque do que vim a me tornar
Tu foste a artista

Jamais em minha vida
Conseguirei retribuir
O que desde a partida
Não te negastes a dividir

Por favor, nunca duvides
Que és a melhor mãe que há
E se tu não existisses
Eu mandava te inventar

Além de mãe, és amiga
És fantástica mulher
Por ti eu compro briga
Encaro o que vier

Gostaria de poder parir
Por esses modestos versos
O amor que tenho por ti
Que é maior que o universo.

Mas na incapacidade
Desse ato herculano
Encerro com a simples verdade:
TE AMO!

.

02 dezembro 2008

Na poesia

Nas prosas da vida
Há muitas feridas
Nos poemas da mente
Há várias sementes
Que brotam do sofrido
Em palavras de alívio.
Mas nas prosas da vida
Também há margaridas
Que iluminam, tal girassóis
Os enredos de nós
Que atam o pensar.
Para simplificar,
A poesia
Num sopro de magia
Faz rimar tristeza com alegria
E prazer com melancolia.
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