20 março 2009

Poeminha em mim



Não quero só usar-te poesia
Para consolar meu interior
Quero viver-te por inteira
Quero me expor
Quero cantar o que me move
Quero versar todo o vivido
Se bater mal tomo um engov
Se cair bem terei vencido
Essa batalha recorrente
Entre o que se diz e o que se sente.

Numa mesa, mas não na mesma.



Foi assim
que tudo começou.
Eu, um café, um cigarro
e as cinzas
levadas pelo vento
como meus pensamentos
deixando no papel
um rastro de dor.

Hoje, a cor mudou
e as palavras
multiplicadas
de mil matizes
tingem meus versos
e meu universo.
Do azul do dia a se pôr
trago com a fumaça
a luz do dia que brilhou
e traço em minhas pautas
a história do que sou
pintando com poesia
o raiar do novo dia
que espelha no futuro
a silhueta do passado
mais maduro.