02 julho 2009

Mamãe eu quero!!


Quero uma grande paixão
Que não seja só ilusão
Quero um amor de verdade
Quero uma cara metade
Quero me dar sem limite
E receber até ficar quite
Quero enlouquecer
Parar de comer
Quero estar na lua
No sol e na rua
Quero arder por dentro
E perder meu centro
Quero fazer loucuras
De adrenalina pura
Quero me derreter
De gozo e prazer
Quero em resumo amar
Sem nada questionar
Meu grande dilema
É saber
Se só existe no cinema
Esse querer
Ou se esse poema
Posso viver.

01 julho 2009

Pegando impulso


Recuar,
para melhor saltar.
Às vezes, perder
para poder ganhar.
Ter que ir,
quando se quer ficar
Sorrir,
quando a alma quer chorar.
Ter que negar
Parte do que se quer dar
Para que possa sobrar
Mais para partilhar.
Mesmo que o coração me doa
Por ter que ceifar
A galha que apesar de boa
Errou seu traçar,
Preciso vencer
Essa impressão
De perda, de vão
E me convencer
Que assim será melhor
Que após a poda
A árvore rebrota
Com folhagem maior.
Assim, apelo à consciência
Do meu ser racional
Para que me convença
Que esse ato artificial
Trará prosperidade
Para além dessa saudade
Pois apesar da ‘face de mogno’
Nesses dias de relento
Quando digo que não quero
É aí que estou querendo.

Flor essência


O que mais poderia esperar
Dessa flor que brotou devagar
Foi surgindo sem pressa
Perfurando a terra espessa
Da incredulidade e do medo
Nasceu o carinho e o apego
E mesmo em se firmando
Folhas e espinhos despontando
Não perdeu sua graciosidade
A sutileza inata de sua personalidade
A fluidez do querer com compreensão
Prática de paciência, sem sermão
Apenas às vezes alguns ajustes
Para aparar arestas e atitudes
E esse sopro leve, essa marola
Que vem enchendo minha bola
Ainda há de preencher
Com muitos prazeres o meu ser
Há muitos versos já
E muitos ainda haverá
Se a fonte dessa canção
Continuar jorrando inspiração.