29 novembro 2008

Caindo na real


De repente tudo se concretizou
E como bloco de cimento
Abalou meu sentimento

O que era leveza virou pesar
Como fui tola em não querer enxergar

Insistindo no instinto
Não pensei nas conseqüências
Dizem que tem a ver com Marte e sua regência

A guerra nunca é um caminho fácil
E mesmo conseguindo o que queria
Não estou radiante de alegria

Ter que passar por cima de pessoas queridas
Também me deixa sentida

É uma luta sem trelas
Entre o desejo e as mazelas
Que eu sei que ocasionei

Queria que as coisas fossem simples
Que os empecilhos não existissem

Queria tanto e com tanta força
Que cheguei a acreditar
Mas quando por obrigação
Tive que aterrissar
Pôs-se outra questão

Como isso tudo vai acabar?
No que devo acreditar?
Por que causa devo lutar?

Será que quero levar adiante
Continuar com essa caminhada estrondeante
Ou simplesmente desistir
E como o marinheiro partir
Até as águas se acalmarem
Até os dias clarearem

Não é a batalha que me assusta
É não saber se a causa é justa

É um confronto de valores
Entre amizades e amores

Aquilo que se quebra
É maior do que o que se cria?

Egoísmo ou covardia?
Juro queria saber
Mas por enquanto a única certeza
É uma áurea de tristeza
E uma tremenda agonia.



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