Caindo na real
De repente tudo se concretizou
E como bloco de cimento
Abalou meu sentimento
O que era leveza virou pesar
Como fui tola em não querer enxergar
Insistindo no instinto
Não pensei nas conseqüências
Dizem que tem a ver com Marte e sua regência
A guerra nunca é um caminho fácil
E mesmo conseguindo o que queria
Não estou radiante de alegria
Ter que passar por cima de pessoas queridas
Também me deixa sentida
É uma luta sem trelas
Entre o desejo e as mazelas
Que eu sei que ocasionei
Queria que as coisas fossem simples
Que os empecilhos não existissem
Queria tanto e com tanta força
Que cheguei a acreditar
Mas quando por obrigação
Tive que aterrissar
Pôs-se outra questão
Como isso tudo vai acabar?
No que devo acreditar?
Por que causa devo lutar?
Será que quero levar adiante
Continuar com essa caminhada estrondeante
Ou simplesmente desistir
E como o marinheiro partir
Até as águas se acalmarem
Até os dias clarearem
Não é a batalha que me assusta
É não saber se a causa é justa
É um confronto de valores
Entre amizades e amores
Aquilo que se quebra
É maior do que o que se cria?
Egoísmo ou covardia?
Juro queria saber
Mas por enquanto a única certeza
É uma áurea de tristeza
E uma tremenda agonia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário