29 novembro 2008

Porque não temos pudor?
O impulso reprimido
Aquece meu sexo
A imaginação transgride
As fronteiras da razão
E naquele sórdido colchão
Meu corpo se arrepia
De vontade e tesão.
O álcool em meu sangue
Transpira em prazer
E sem censura passo
Do pensar ao fazer.
A pegada forte
Começa em doce aconchego
Que teus beijos transformam
em pulsação e desejo.
Te sinto em meu ser
Teu membro duro e latejante
Atiça carne e querer.
Enquanto gozo nosso pecado
Atinjo a redenção
De saber que mesmo no errado
Há na pureza um perdão
O segredo que nos une
É o mesmo que nos afasta
Silencioso entendimento
De nossas escapadas.
Difícil é compreender
Onde começa e onde acaba
Saber dosar os ingredientes
De nossa história desajeitada.


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